De vez em quando o frio não recuava
e eu fugia da missa.
Mas depois eu rezava.
eu fugia dos horários e de tudo isso.
Agradecia por isso não me ser imposto
Parada, esperando o ônibus,
E meu chiclete, já não tinha mais gosto.
Mas eu não estava fugindo de Jesus
Traí, menti. Ainda minto.
Não acho que isso seja anormal
E saí, ah como eu saí, saí muito.
de toda essa falsa moral
Saí sem as pessoas verem,
dos horários, e de tudo o que era plausível.
Esperei me chamarem
mas a minha saída era invisível.
A cada saída eu me embebedava,
a música soava ao meu redor
de olhos fechados, ainda enxergava
enxergava até muito melhor
Via as pessoas correndo dentro de mim,
uma vez, de olhos fechados pude sentir
como se fosse embora a sensaçao ruim
no meu rosto o vento desenhou a noite que iria se abrir
pela janela do carro vi todos os meus sonhos e sorri.
outra história também têm os meus sorrisos,
eu sorri, sorri sem poder. E não morri
eu fujo o tempo todo também dessas histórias de risos
enganando a hipocrisia de dizer
que eu nunca precisei fugir.
mas se alguém me perguntar
eu juro que vou negar
- Lua Cunha