top of page

Semana poesiar - Machado de Assis


Oie pessoal,

Oito horas, e como prometido, estou eu aqui pra dizer pra vocês que quem eu escolhi pra representar essa semana foi o maravilhoso Machado de Assis com essa frase lacrando como sempre. No decorrer dessa semana vou então falar unica e exclusivamente dele no post das oito. Então, que rufem os tambores e que comece a semana!

Hoje quem está aqui com a gente é o pai da realística, o mais carioca de todos, Machado de Assis e a companhia não podia ser melhor. Digo isso por que a maior ( e talvez mais importante) caracteristica dele é o diálogo metalinguístico em suas obras.

Gente, só pra lembrar,

eu não vou falar apenas das poesias

dos autores, principalmente porque

a maioria tem a escrita muito abrangente.

Eu li até agora dois livros dele e isso foi uma coisa que reparei, o diálogo que ele faz com os leitores em Dom Casmurro, livro que tive que ler para fazer uma prova de escola. O livro conta a história de Bentinho e Capitu, no qual Dom Casmurro (Bentinho) narra sua história de vida e sua paixao de infancia por Capitu sua visinha, quando adolescente é obrigado a ir para o seminário mas é retirado de lá por José Dias e vai estuadar no exterior. Quando volta casa-se com Capitu, e reata a amizade forte que tem com com Escobar. E é aí que a confusão começa, mas não vou ficar aqui dando spoiler de Dom Casmurro kkk

E só pra constar pra quem já leu esse livro, na minha opinião ela não traiu. Sem mais...

Ainda sobre o livro tenho uma versão de bolso que comprei na bienal no ano passado em São Paulo

Pra quem se interessar é da "Los Libros Mas Pequeños Del Mundo"

www.minibooks.com.pe

Bom, por hoje é isso, mas pra fechar com chave de ouro, apresento-lhes "A Carolina"

Um clássico que Machado de Assis fez em homenagem a esposa falecida. Reparem na preocupação dele com as rimas, palavras bem conceituadas e fortes que ele usa nesse soneto.

A CAROLINA Querida, ao pé do leito derradeiro Em que descansas dessa longa vida, Aqui venho e virei, pobre querida, Trazer-te o coração do companheiro. Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro Que, a despeito de toda a humana lida, Fez a nossa existência apetecida E num recanto pôs um mundo inteiro. Trago-te flores, - restos arrancados Da terra que nos viu passar unidos E ora mortos nos deixa e separados. Que eu, se tenho nos olhos malferidos Pensamentos de vida formulados, São pensamentos idos e vividos.

- Lua Cunha


bottom of page