top of page

O centro histórico

Pois então eu fui conhecer por esses dias a famosa Paraty. Foi a primeira vez que fui lá, e como toda boa blogueira tirei muitas fotos e procurei conversar com o pessoal pra conhecer um pouquinho mais, e claro vir contar aqui depois. E nessas andanças da vida trombei com o pessoal do Atelier Aracati, e lá descobri uma coisa que nunca imaginei ver, a arte em moedas antigas. Já explico sobre essa doideira e as conversas que tive com o Marcelo, porque não foi só isso que me fascinou lá naquele lugar.

E vou explicar por que ela me encantou tanto assim, a cidade é considerada Patrimônio Histórico Nacional, daí já dá pra imaginar como ela me levou instantaneamente pra outra época. Segundo o site da cidade o caminhar no Centro Histórico de Paraty é vagaroso devido as pedras “pés-de-moleque” nas ruas. Isso me parece muito poético. Aliás tudo é poético em Paraty.

Como eu sou bem, digamos, curiosa resolvi pesquisar um pouco sobre essas tais pedras “pés-de-moleque” e acabei descobrindo um tal de seu Jorge Luis de Oliveira e a sua profissão é cabouqueiro. O seu Jorge, há seis anos cuida do calçamento de Paraty. Ele disse que tem algumas características que devem ser respeitadas, e que o piso tem esse nome por que as crianças é que acomodavam as pedras com os pés, se elas nao se acomodassem na areia, é porque está errado e mal colocado.

Quem caminha por lá não esconde o espanto pela arquitetura colonial. Acontece que a cidade foi fundada em 1667 em torno à Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, sua padroeira.

Olha aí eu, perto da igreja. Pra vocês terem a ideia de como a cidade é bem preservada, procurei umas fotos antigas dos mesmos lugares que tirei foto, e olha só. Essas fotos são do site http://www.bordieriarquitetura.com.br/paraty.php

Bom, voltando ao assunto,infelizmente não consegui visitar o alambique mas fui em umas cachaçarias onde conversei com umas meninas e tirei algumas duvidas. Lá descobri que a cidade teve grande importância econômica por causa dos engenhos de cana-de-açúcar (chegou a ter mais de 250), sendo considerada sinônimo de boa aguardente.

A cachaça que é produzida em Paraty é uma das mais famosas e a região foi a maior produtora no Brasil Colonia. Dizem os historiadores que a pinga custava mais caro que todas as outras comercializadas no país em 1700 e teve seu próprio nome como sinônimo de aguardente.

Outro lugar legal pra se visitar em Paraty é a casa da cultura Câmara Torres. Uma das coisas que eu percebi, é a arte em todo canto. As ruas são rodeadas de artistas, de artesanatos, e de muita história. Ou seja, além de ser uma cidade cultural, é uma cidade artistica. Me encantei com os marcadores de páginas da Maira Rivero, não resisti e comprei um. O trabalho dela é feito manualmente e ali mesmo, sentada na calçada.

Além dos grandes casarões, Paraty é cheio de igrejas lindas, devido à colonização portuguesa. Tirei algumas fotos e comparei com os retratos antigos que peguei na internet.

Por trás de toda arquitetura colonial, e os grandes casarões e igrejas, Paraty conta com uma forte cultura maçônica, tendo na cidade misteriosos símbolos da maçonaria. Nenhuma explicação é concreta para a chegada da maçonaria em Paraty, e são muitas as teorias dos historiadores para tal fato. Mas acredita-se que a chegada dos maçons nesse lugar é bem antiga, pois a simbologia e até alguns costumes arquitetônicos são associados a essa cultura.

E por sorte minha pude bater um papo com o Marcelo Dalto que me explicou um pouco sobre isso, ele me explicou que a cidade de Paraty foi urbanizada por maçons e por esse motivo tem os seus símbolos desenhados nas casas de branco e azul. E que os três cunhais de pedra lavrada que formam um triangulo é o símbolo maçônico que representa Deus.

Além de tudo isso, o Marcelo também me explicou sobre as moedas, e a republica que está representada nas moedas brasileiras. Estudioso da historia e da influencia que a moeda tem e sempre teve, o Marcelo me explicou sobre as moedas celtas, gregas e romanas também. Ele faz o trabalho cortando a moeda, com um fio metálico. Primeiramente ele fura a moeda, passa o fio metálico com uma espéce de produto químico, e faz movimento vertical pra cortar a moeda no desenho que ele quiser. É realmente um trabalho artístico que requer muito cuidado e cautela, pois tanto a moeda quanto o desenho são muito pequenos para se trabalhar. Para quem quiser saber mais sobre o incrível trabalho deles, esse é o site.

http://www.atelieraracati.blogspot.com.br/

Fontes :

http://www.paraty.com.br/historia.asp

http://www.paraty.com.br/ajanela/noticiadeparaty.asp?id=148

fotos: http://www.bordieriarquitetura.com.br/paraty.php

http://www.paraty.com.br/maconaria.asp

Aqui em baixo vou deixar algumas fotos que eu tirei de alguns detalhes que me encantaram lá em Paraty, espero que vocês gostem.

-por Lua Cunha


bottom of page