top of page

O livro

Todas as noites, tenho milhares de ideias que poderiam se transformar em vários brilhantes textos. Não são propriamente sonhos, mas são basicamente "quase sonhos". Naquele momento em que a gente não está totalmente acordado, nem totalmente dormindo. É como se você estivesse sob efeito de drogas, onde tudo o que você pensa faz todo sentido, e não só faz sentido como a gente quer levantar e sair fazendo tudo. Isso sem contar nas inúmeras conversas milimetricamente formuladas que a gente prepara na cabeça e fantasia toda aquela cena que nunca vai acontecer. Aquele momento em que você fica pensando em todas as suas histórias, das mais de praxe até as mais inesperadas. E a gente fica escrevendo inconscientemente crônicas, textos, e até livros tão bonitos. Sem perceber a gente escreve nossos vícios por aí, nas pessoas que a gente sai, nas bebidas que a gente toma, nos perrengues que a gente passa. Por fim poucas vão para o papel se você não tiver o costume de pegar um lápis e rabiscar ali. Mas de vez enquanto você tromba com esses tais escritos, em algumas dessas frases que as vezes nos descrevem, que a gente compartilha, dessas páginas de poesia aí. E todas essas lembranças voltam a colorir nossos pensamentos, por que quer você ou não, estão escritas em um livro muito grande chamado memória. As vezes ele fica velho, sabe, perde algumas páginas, mas ele sempre está ali. Não precisa descrever não, o importante é a magia que fica, de cada pessoa carregar um livro dentro de si.

- Lua Cunha


bottom of page